terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Jesus, o pão que sacia a fome da alma

Jo 6.32-40; 47-58

Introdução
Assim como o pão material serve para alimentar o nosso corpo, o espiritual serve para alimentar o espírito (João 6.35). O pão é o produto do trigo. Para o trigo se transformar em pão, passa por um processo duro, é moído, daí a farinha com que se prepara o pão. Cristo, o trigo divino (João.12.24), passou pelo moinho da cruz, para torna-se pão e alimentar as nossas almas. (Is. 53.5)

I – O verdadeiro pão de Deus é o que veio do céu (João 6.32,33)
Este texto envolve uma controvérsia jamais vista em outro lugar das Escrituras. Os judeus erradamente pensavam em boas obras, que deveriam fazer isso, porque Jesus disse aos discípulos que trabalhassem não pelo pão que perece, mas pelo que permanece para a vida eterna (João 6.27); então lhe perguntaram: “que faremos para executar as obras de Deus?” Aí está declarado o que entendiam por praticar as obras de Deus, o que consistia o seu método de salvação. Ninguém é salvo por obras e sim pela fé no Senhor e Salvador Jesus Cristo.

A maior obra vem pela fé na pessoa de Jesus. Quando os judeus perguntaram o que deveriam fazer, para executar as obras de Deus. Eles lhes respondeu: “A obra de Deus é esta, que creais naquele que Deus enviou”, esta é a maior de todas as obras, que é o pão dos céus, o maná do deserto; o maná alimentava somente o corpo, Jesus, o verdadeiro pão dos céus, enviado de Deus, alimenta a alma, foi o que Ele próprio afirmou. (João 6.32,33; Ex 16.15,16).

II – o pão de Deus é melhor que o de Moisés. (João 6.34-40).
O maná não satisfazia a fome da alma; os que se alimentaram dele morreram no deserto e se rebelaram contra Deus, não entraram no repouso simbólico, Canaã. Talvez lembrando-se disso, os judeus pediram que lhes desse o pão do céu (João 6.34). Aquele foi unicamente para os israelitas, este é para todo o mundo (João 6.35). O maná só alimentava o corpo. Dos que deles se alimentaram, a maioria se perdeu. Os que se alimentam do pão de Deus. (Jesus) viverão eternamente, serão salvos porque nEle está a vida (João 6.48).
O mesmo acontece com a nossa alma se ela não se alimenta do pão da vida, nada mais lhe satisfaz (João 6.68,69). Ele não rejeita o pecador, que o Pai lhe envia para salvar, seja qual for o seu estado pecaminoso (João 8.1-11), o que lhe interessa é fazer a vontade do Pai, salvar os pecadores, assegurar-lhes a eterna bem-aventurança da ressurreição (5.28,29).

III – Os judeus murmuraram contra Jesus, descrendo na sua deidade (41-46).
A humildade que envolve Jesus era motivo para os da sua nação, inconvertidos, não vissem nele mais que um pobre carpinteiro (João 6.42) cuja família conheciam. Tinham os olhos fechados, conheciam a letra das Escrituras, mas não viam nelas o dedo de Deus apontando-lhes o Messias, antes tropeçavam nEle (IPe 2.6-8). Ele era pedra de tropeço para os judeus, loucura para os gregos (ICo 1.23)
IV- O Mestre antes as censuras dos judeus volta a falar do pão ... como alimento da alma (47-51).
Enquanto os judeus tinham suas mentes voltadas para o pão que desce ao estômago, Jesus volta a falar-lhes da sua pessoa como verdadeiro pão da vida, o que somente pela fé se poderá obter (João 6.47).

V – Ignorava o verdadeiro sentido da palavra em dar lugar à disputa.
Os judeus sempre se apresentaram no campo da disputa para contradizerem os ensinos do Mestre. Quando Ele disse que veio do céu, murmuraram (41), agora, levantaram nova questão quanto a comer sua carne (João 6.52) aos que invertem ainda o sentido da palavra e ensinam que comer a carne e beber o sangue de Cristo (para ter a vida eterna) é praticar eucaristia, porque crêem que Ele está no emblema em corpo e alma divinizado. É erro, o que diríamos de Dimas que nem foi batizado e foi salvo? (Lc. 23.43). Perguntaram;: “Como pode este homem dar-nos a sua carne de comer?”. (52). Há aqui algo de semelhança entre Nicodemos e a samaritana. (João 3.4-11)

Resumimos afirmando que o sacrifício de Cristo na cruz é a explicação, e o seu próprio corpo que ofereceu para salvar os pecadores, como lemos em (Isaías 53.4,5). Quem crê que Ele morreu para lhes salvar, já comeu da sua carne e bebeu do seu sangue.

VI – Cristo é indubitavelmente o sustento das nossas almas. (João 6.57).
“Assim como o Pai que vive me enviou...” Agora a figura é mais importante que a do alimento do corpo. Apresenta-se-nos a verdadeira união que existe entre o Salvador e os salvos, união que se originou das duas pessoas: Pai e Filho (João 3.16). Interessante, Cristo vivia pelo Pai que o enviou, agora os que crêem nEle, (em outras palavras) quem se alimenta dEle, também viverá por Ele, tudo pela eficiência da fé e operação do Espírito Santo (I João 3.24; 4.16).

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